O QUE LEVA UMA MULHER A ESMAGAR O CRÂNIO DO PRÓPRIO MARIDO?



"Susan cresceu em meio a desgraça, em uma Londres pobre e infeliz. Filha de uma prostituta e um cobrador de dívidas de agiotas, nunca soube o que era realmente o respeito e o amor. 
Abandonada e negligenciada por June, sua mãe, Susan se viu a mercê da carência de Joey, seu pai, que percebeu que as suas filhas estavam se tornando mulheres e que logo chamaria atenção dos homens. Principalmente Susan, que ele fazia questão de lembrar que não era bonita, mas possuía seios atraentes. 
Aos 13 anos, ela conhece Barry e se apaixonara perdidamente, até que ele começa a se aproveitar desse sentimento e a explorar como o pai fazia. 
Com o tempo Susan engravida e vendo que seu marido se tornou a extensão de seu pai: um espancador, bêbado e traidor, chegamos ao estopim do livro. 
Ela mata Barry com 152 marteladas na cabeça. Não sobra nada inteiro para contar a história, pois ela se recusa terminantemente a se defender e dizia que faria novamente."

Pensa em uma narrativa forte, com  descrições de espancamentos e violência sexual como se fosse algo normal, em uma época e estilo de vida que as mulheres não passavam de adereços em sua grande maioria desagradável para os homens, que vinham acompanhados de crianças que só davam nos nervos.
Basicamente é somente isso que vemos nesse livro. Era uma vida miserável e muitas delas só rezavam por um pouco de sossego, não  importando quais ações resultariam isso. 
Conhecer a vida da Susan e de todos os personagens, principalmente as mulheres que são o ponto forte dessa obra, me fez refletir em: Qual realmente é o papel da mulher na sociedade? E não somente isso, mas existem fortes críticas sociais em volta de toda essa narrativa, que é muito bem escrita e amarrada do início ao fim, além dos personagens muito bem construídos e com desempenho muito importante para a história. Cada linha e capítulo é um aprendizado duro de ler, mas ao mesmo tempo abrindo os olhos para todas as desigualdades e merdas que acontecem na vida e que muitas vezes por não partilhar a mesma realidade, fechamos os olhos mesmo que inconsciente. 
Com sentimentos Desoladores, tristes, chateantes, indignantes, sem muitas punições pungentes e cheio de injustiças, finalizei essa leitura.
Surpresa por ser a primeira obra que leio de Martina Cole, mas feliz por ter tido mais uma dose de conhecimento. 
Tudo bem que o livro poderia ter sido menos do que foi na questão de encheção de linguiça que com certeza não vale as 616 páginas, mas valeu a pena ler cada página e absorver mais uma doce de injustiça desse mundo.
Leitura muito mais do que recomendada!!  

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